Poetas Inocentes é notícia no Rio Grande do Sul

Mais experientes e famosos
Coxilha: pequenos autores que publicaram poesias em livro retornam ao município depois de participar de Bienal de São Paulo. Objetivo é continuar escrevendo

Mateus Barat

Dois promissores escritores levaram o nome de Coxilha - e do Rio Grande do Sul - à 20ª Bienal do Livro, em São Paulo. Luan Lopes da Silva e Milene Briskewecz são duas crianças de nove anos que estudam na 3ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pantaleão Thomaz. Neste mês, a dupla, juntamente com as professoras Silvana Antoniolli e Fabiana Casanova, esteve em São Paulo, onde participou do lançamento da terceira edição do livro Poetas inocentes, projeto que reúne escritores do todo Brasil. Conforme Antoniolli - que foi a incentivadora da participação dos estudantes - a chegada dos pequenos escritores à capital paulista foi no dia 15 de agosto.

Assim que chegaram, logo se dirigiram à Bienal, onde ficaram no estande dos Poetas inocentes. A professora lembra que os pequenos sentiram-se grandes autores, já que deram autógrafos e foram a atração do projeto, além de terem ficado conhecidos como os "gauchinhos". Muitas pessoas tiraram fotografias com Luan e Milene, que também ganharam autógrafos de escritores renomados, presentes no evento. "Foi uma troca de experiências, troca de culturas, pois tinha gente do Brasil e de todos os países", conta Silvana. O objetivo é prosseguir com a iniciativa e promover um Poetas inocentes local. Até porque as crianças afirmam que pretendem continuar escrevendo para lançar um livro de poesias. "Essa ida para São Paulo foram apenas duas sementes plantadas no município e no estado. Espero que o projeto se expanda, pois ele faz com que as crianças se interessem mais pela cultura", afirma a educadora.
São Paulo impressionouAlém do encanto proporcionado pelos milhares de livros expostos no evento, Luan e Milene ficaram impressionados com o tamanho da cidade paulista. "Fiquei admirado, porque sou acostumado a morar em cidades pequenas e nunca fui a cidades grandes como essa", disse Luan. Mas, para Milene, "a cidade é muito boa", apesar do susto, pois presenciaram o furto de uma motocicleta. Além disso, como ponto negativo, os dois destacaram a sujeira e a poluição do rio Tietê e a triste situação de quem mora em casebres na periferia da cidade. A Catedral da Sé e o metrô marcaram a viagem dos coxilhenses à maior cidade da América Latina. "O metrô entrou em baixo da terra", surpreendeu-se Luan. Mas a dupla não trocaria a cidade pequena pela grande. "O Rio Grande do Sul é melhor, e Coxilha é uma cidade pequena, mas tem tudo e não é poluída", concordam os dois.
Sucesso repercuteO bom trabalho das professoras e dos alunos ganha destaque em Coxilha. Na escola Pantaleão Thomaz, por exemplo, uma faixa saudando os poetas foi colocada em um dos corredores. Professoras de outras séries cumprimentam os dois, que agora se "tratam como irmãos".As poesias, fotos e um acróstico criado pelos escritores está disponível no blog do projeto na internet (http://www.poetasinocentes3.blogspot.com/). Quem quiser comprar o livro - que inclui poesias de 163 autores -, ao valor de R$ 15, pode procurar Luan e Milene em Coxilha.

(foto: Mateus Barato/ON)

Milene, professora Silvana e Luan


Obrigado por sua presença no lançamento do livro POETAS INOCENTES na Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Poetas, Amigos, Professores, Dirigentes, Pais e Parentes
Obrigado por sua presença na Bienal Internacional do Livro
Elegantes estavam todos na noite de autógrafos
Tão única! Foi
A mais comovida, a mais alegre e a mais sorridente!
Sensações! Emoções! Ilusões! Não. Era só realizações! Pois
Integrar poetas anônimos foi nossA missão! Conseguimos
Nacionalizar. Paulistas, Paulistanos e Gaúchos se uniram
Obrigado por sua presença
Causos e conversas amigáveis aconteceram.
Especial foi tê-los aqui, poetas! Conseguimos
Nacionalizar. Paulistas, Paulistanos e Gaúchos se uniram
Tão única!
E especial foi nossa missão!
Saibam todos: grato e emocionado estamos! Unamos e venceremos!
Como trabalhar a poesia em sala de aula

Cláudia de Castro Olímpio

“A poesia sensibiliza qualquer ser humano. É a fala da alma, do sentimento. E precisa ser cultivada.” Afonso Romano de Sant’Anna.

Mesmo sabendo da importância da poesia na vida dos seres humanos como mostra acima Afonso Romano, muitas escolas esqueceram-na, principalmente nas séries iniciais, dando mais espaços, entre aspas, para coisas mais importantes e mais sérias, como também para textos em prosa, privando os alunos dessa “experiência inigualável”, conforme caracteriza Maria Helena Zancan Frantz (1998, p. 80)

Neste artigo, enfatiza-se a necessidade de educadores, principalmente nas séries inicias, pois o aluno só cria hábito se for iniciada desde muito cedo, trabalharem com poesia na sala de aula ou fora dela.

O objetivo não é transformar os discentes em grandes escritores de poemas, até porque se precisa ter dom para esta arte, mas sim transformá-los em leitores aptos a interpretar e compreender o que o poeta quis transmitir em meio aos versos, além de propor que os educandos não percam a poesia que nasce neles desde quando as mães cantavam cantigas de ninar para que dormissem e depois quando brincavam de cantigas de roda, adivinhas, trava línguas etc.

Com esse objetivo, proponho alternativas de trabalhos com poesia e didáticas para implantação tanto no Ensino Fundamental como para o Ensino Médio baseadas nas idéias dos escritores relacionados no parágrafo abaixo.

Vários autores vêm pesquisando as questões da leitura e de trabalhos de poesias em sala de aula como Pinheiro (2002), Micheletti (2001), Frantz (1997), Cunha (1986) e investigam as dificuldades que os alunos possuem de interpretar estes textos, não só pela falta do conhecimento prévio, mas também pelo pouco contato que eles têm com a poesia.

Metodologia

Atualmente, a prática da leitura de poesia está um pouco esquecida nas escolas. Isso ocorre devido ao pouco contato, desde os primórdios de sua formação, dos educadores de Língua Materna.

“Está claro que a personalidade do professor e particularmente, seus hábitos de leitura são importantíssimos para desenvolver os interesses e hábitos de leitura nas crianças, sua própria educação também contribui de forma essencial para a influência que ele exerce.” (Banberger, 1986)

Sem trair o escritor estudado, posso afirmar que se o professor não tiver um hábito de ler poemas e não se sensibilizar ao ler uma poesia, dificilmente conseguirá despertar esse interesse em seus alunos como afirma Cunha (1986, p. 95):

“... se o professor não se sensibilizar com o poema, dificilmente conseguirá emocionar seus alunos.”

Sabidos de que a poesia é um dos gêneros literários mais distantes da sala de aula, é preciso descobrir formas de familiarizar e de aproximar as crianças e os jovens da poesia. E essa forma de familiarização e aproximação deve ser feita com parcimônia e através de um planejamento para evitar as várias afirmações de que os poemas são de difíceis interpretações e entendimento.

Pinheiro (2002, p.23) afirma que “... a leitura do texto poético tem peculiaridades e carece, portanto, de mais cuidados do que o texto me prosa.”

Assim a poesia não é de difícil interpretação, apenas necessita de mais cuidado e atenção para que ocorra um entendimento da mesma. A aprendizagem da interpretação da poesia compreende o desenvolvimento de coordenar conhecimentos dos vários sentidos que um texto poético proporciona.

Uma forma para melhorar a aprendizagem é a aproximação constante da poesia, como também a utilização do conhecimento prévio. O conhecimento prévio engloba o conhecimento lingüístico, que abrange desde o conhecimento sobre pronunciar o português, passando pelo conhecimento de vocabulário e regras da língua, chegando até o conhecimento sobre o uso da língua. O conhecimento do texto, que se refere às noções e conceitos sobre o texto, e, por último, o conhecimento de mundo, que é adquirido informalmente através das experiências, do convívio numa sociedade, cuja ativação, no momento oportuno, é também essencial à compreensão de um poema.

Se estes conhecimentos não forem respeitados, o entendimento e a compreensão do poema podem ficar prejudicados, e assim, como foi dito anteriormente, de difícil interpretação. Como exemplo do que foi exposto no parágrafo anterior, coloco excerto do poema “Balada do amor através das idades”, de Carlos Drummond de Andrade (Cinco Estrelas, 2001, p. 26).

“Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana
Troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
Para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.

(...)

Mas depois de mil peripécias,
Eu, herói da Paramount,
Te abraço, beijo e casamos.

A compreensão do poema acima pode ficar comprometida se o leitor não tiver um dos conhecimentos acima citado. A poesia de Drummond exige do discente um bom conhecimento de mundo e da história para que ele entenda a poesia, pois nela é citado, de certa forma, a Guerra de Tróia, os costumes romanos como também expõe o nome de um dos mais poderosos estúdios de Hollywood, dando referência aos finais felizes dos filmes.

Para amenizar os problemas do distanciamento, de interpretação e de compreensão poética, é necessário que o professor compreenda que o ato de interpretar um poesia não pode ficar restrito a sua forma de apresentação sobre uma página, ou seja, como ocorre a disposição das palavras, dos versos, das rimas e das estrofes, e nem somente pelos questionamentos apresentados nas atividades de interpretação propostas pelos livros didáticos, pois as perguntas são impressionistas. Assim afirma Micheletti (2001, p. 22):

“Freqüentemente a interpretação textual dadas nos livros e materiais afins tem um caráter ‘impressionista’, ou seja, o autor das questões propostas ou dos comentários, registram as suas intuições, as suas impressões sobre o texto.”

É necessário ressaltar que o professor deve partir de uma leitura poética do mundo, fazendo da poesia motivo de apreciação lúdica e de motivação para a produção de intertextualidade ( relação existente entre textos diversos, da mesma natureza ou de naturezas diferentes e entre o texto e contexto) e de muitas outras formas de criar com seriedade, mas brincando com palavras.

Segundo Elias José (2003, p. 11) , “vivemos rodeados de poesia”, ou seja, poesia é tudo que nos cerca e que nos emociona quando tocamos, ouvimos ou provamos, poesia é a nossa inspiração para viver a vida.

Conforme Elias José (2003, p. 101), “ser poeta é um dom que exige talento especial. Brincar de poesia é uma possibilidade aberta a todos.”. Então, se todos podemos brincar de poesia, por que não trabalharmos a poesia de forma lúdica? Assim proponho atividades que oportunizem momentos lúdicos aos alunos, tendo em vista exercícios de imaginação, de fantasia e de criatividade e ao mesmo tempo mostrar a vida de uma forma mais poética, com maior liberdade para construir seu conhecimento.

Todas as estratégias capazes de aguçar a sensibilidade da criança e do adolescente para a poesia são válidas. É interessante para isso, que a poesia seja freqüentemente trabalhada para que ocorra um interesse por ela.

Um dos processos para o educador iniciar este trabalho, é ele fazer uma sondagem para descobrir os temas de maior interesse dos alunos, proporcionando uma maior participação. Este levantamento pode ser de forma direta, através de pequenas fichas ou ouvindo e anotando as temáticas preferidas dos alunos. Outro método é descobrir os filmes, os programas de rádios e de televisão que mais gostam. Isso é necessário para o professor saber que tipo de poesia pode levar para a sala de aula. Vale ressaltar que cada sala tem um gosto diferente. No entanto não se pode prender-se somente aos temas escolhidos pelos discentes. A variedade e a novidade também são métodos eficazes para a aprendizagem.

Faz-se necessário, antes de iniciar as atividades poéticas, preparar um ambiente adequado, principalmente nas séries iniciais, para que os alunos sintam-se a vontade para recitar e interpretar os textos poéticos. Além de uma biblioteca agradável, ventilada, espaçosa e com um acervo bem variado para que os estudantes possam escolher livremente na prateleira o livro que quiser.

Trabalhar com poesia em pares é muito interessante. Este trabalho é realizado de duas maneiras: primeiro, através da leitura da poesia, depois são propostas as atividades interpretativas, nada de questões objetivas, já que cada pessoa interpreta um texto de forma diferente, mas de maneira coerente.As duplas conversam sobre o texto, analisam as possibilidades possíveis e escrevem o que foi apreendido.

É através das diferenças individuais que a troca de experiências vai sendo edificada, como também a partir da reflexão e da construção social do conhecimento sustentada pela interação dos indivíduos envolvidos. Essa interação entre os sujeitos é fundamental para o desenvolvimento pessoal e social, pois ela busca transformar a realidade de cada sujeito, mediante um sistema de trocas.

É proveitoso ressaltar também que construir um cantinho para fixar vários tipos de poesia é um método eficaz para o incentivo da leitura e interpretação poética, pois quanto mais se lê, mais se aprende e cria o hábito da leitura não só de poesia como de outros tipos de textos. Pinheiro (2002, p. 26) afirma que:

“Improvisar um mural, onde os alunos, durante uma semana, um mês, ou o ano todo colocam os versos de que mais gostam (...) de qualquer época ou autor, são procedimentos que vão criando um ambiente (...) em que o prazer de lê-la passa a tomar forma.” Não satisfeita ainda com as metodologias apresentadas, proponho mais alguns métodos que são incentivadores para a prática da leitura de poesia, como o momento poético, a poesia e as datas comemorativas e a apresentação da poesia em forma de dança, desenho ou interpretação teatral.


O primeiro, momento poético, é um artifício aplicado em sala de aula, em que os estudantes, dispostos de forma bem a vontade, sentados no chão ou em almofadões, se a escola possuir, uma música suave ao fundo, recitam poesias de preferência pessoal, ligadas, de preferência ao momento literário estudado, buscando, junto aos colegas, descobrir a mensagem transmitida pelo autor da poesia. O segundo, a poesia e as datas comemorativas, apesar de ser bastante criticada, também é uma forma proveitosa de aprender a gostar e interpretar a poesia. Como é o caso do dia 07 de Setembro em que os brasileiros mostram seu patriotismo comemorando a independência do Brasil. O mestre pode trabalhar a poesia de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio” , fazendo primeiramente uma leitura crítica, levando os discentes a observar a poesia e fazer um paralelo da época em que a canção foi feita e se a terra natal (Brasil) hoje é tão perfeita como apresenta Gonçalves Dias em sua poesia.

Trabalhar a poesia ligada as datas comemorativas só se torna enfadonho, pouco proveitoso, sem criatividade e método empobrecido, quando a poesia só é lembrada nestas datas.

O último método citado neste artigo, é a apresentação da poesia em forma de dança, desenho ou interpretação teatral. Um exemplo do primeiro, a dança pode ser representada pela poesia “A Bailarina”, de Cecília Meireles, em que as crianças ou adolescentes podem formar um grupo de dança, todas vestidas de bailarina, para interpretar corporalmente a poesia abaixo que deve ser recitada por um outro estudante. Não é obrigatório o professor trabalhar com esta poesia, ela pode ser substituída por outra, tudo depende do docente ou dos alunos.

“Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré
Mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si
Mas fecha os olhos e sorrir.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
E nem fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
E diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
E também quer dormir como as outras crianças.

No caso do desenho, ótimo método para se trabalhar tanto nas aulas de Língua Portuguesa como nas de Artes. Os alunos em grupo tentam interpretar a poesia lida através do desenho, para depois apresentar aos colegas de sala para também ser analisada por eles. Depois os desenhos podem ser colocados ao lado da poesia referente a cada um e exposto em um mural em toda a escola ou só na sala de aula.

O “Soneto”, de Álvares de Azevedo, pode ser um exemplo para ser apresentado em forma de teatro lido. O narrador representa o eu lírico, lendo a poesia enquanto uma aluna representa a mulher recitada nos versos.

“ Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria.
Pela maré das águas embaladas,
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se balançava e se esquecia!
Era mais bela! O seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando;
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!”

Estas aulas anteriormente citadas são bem lúdicas. Os alunos aprendem em grupo, de forma bem participativa, a interpretar e compreender as poesias tendo contato com as idéias dos amigos de sala.

As poesias também podem ser trabalhadas como ajuda para produções de textos, como é o caso das poesias de Manuel Bandeira, grande escritor do Modernismo brasileiro, “O Bicho” ( retrata a desigualdade social), “O Poema tirado de uma notícia de jornal (incentiva a produção de uma narração relatando o cotidiano humilde das pessoas desprestigiadas socialmente) e para finalizar, tem-se “Irene Preta” (retrata o preconceito racial).

Este trabalho exige que o aluno descubra qual o tema apresentado na poesia, para depois escrever, de acordo com o gênero exigido, o texto.

A poesia pode ser trabalhada não só nas aulas de Língua Portuguesa, mas também nas aulas de História, Geografia e outras como é o caso da poesia “A Rosa de Hiroxima”, de Vinícius de Moraes, que retrata o triste acontecimento da explosão da bomba atômica em Hiroxima.

“Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatasPensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume
Sem rosa sem nada

Esta poesia, como foi dito acima, pode ser trabalhada numa aula de história, que o professor, através dos versos, pode explicar todo o conteúdo desse aterrorizante acontecimento. Pode explicar, por exemplo, por que o poema se chama A Rosa de Hiroxima, como também explicar que os escritores modernistas transplantavam o momento vivido para as poesias, como é o caso de Vinícius.

ConclusãoOs professores devem trabalhar poesias e textos poéticos com seus alunos pois estes vêm sendo indicados como um dos meios mais eficazes para o desenvolvimento das habilidades de percepção sensorial da criança e do adolescente, do senso estético e de suas competências leitoras e, conseqüentemente, simbólicas.

A interação com a poesia é uma das responsáveis pelo desenvolvimento pleno da capacidade lingüística da criança e do adolescente, através do acesso e da familiaridade com a linguagem conotativa, e refinamento da sensibilidade para a compreensão de si própria e do mundo, o que faz deste tipo de linguagem uma ponte imprescindível entre o indivíduo e a vida.

Referências Bibliográficas

AMARAL, Emília; ANTÔNIO, Severino; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo. Novas Palavras: Literatura Gramática, Redação e Leitura. São Paulo: FTD, 1997 – Coleção Novas Palavras, V.2, p. 60.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria & Prática. 5ª ed. São Paulo: Ática, 1986.
FRANTZ, Maria Helena Zancan. O Ensino da Literatura nas séries iniciais. 2ª ed. Ijuí: Unijuí, 1997.
JOSÉ, Elias. A poesia pede passagem: um guia para levar a poesia às escolas. São Paulo: Paulus, 2003.
In: MACHADO, Ana Maria. Cinco estrelas. Literatura em minha casa. V.1. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
In: MICHELETTI, Guaraciaba (Coord.) Leitura e Construção do real: o lugar da poesia e da ficção. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001. (coleção aprender e ensinar com textos, v. 4)
In: PINHEIRO, Helder; BANBERGER, Richard. Poesia na sala de aula. 2ª ed., João Pessoa: Idéia, 2002. Este artigo foi orientado pelo professor Vicente Martins, da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA

Incompreendida partida (Um tributo aos Coxilhenses)

Sabe, Silvana, Fabiane, Luan e Milene
Incompreendida foi a partida
Lágrimas
Vieram atormentar-me
Antes mesmo da saudade existir
Nuvens, lembranças ficaram em meu olhar
Antes mesmo do ônibus partir

Agora, estou acordando aos poucos
Nem consigo imaginar a felicidade e a tristeza
Tão vago ficou meu olhar
Ontem, era festa. Hoje, é só nó na garganta
Nem consigo imaginar a alegria do chegar, mas
Incompreendida foi a partida. Partida me fez chorar
Ontem bienamos, motorizamos, fotografamos sonhos
Lembram-se?
Legal. Foi muito legal tê-los aqui. Apenas foi
Incompreendida a partida. Foi muito rápido. Mas valeu!

Acróstico pensado (17h50) e escrito às 23h19 - - 15 de agosto de 2008


Gerson Lourenço

REPORTAGEM DO JORNAL - O NACIONAL - COXILHA - RIO GRANDE DO SUL


REPORTAGEM DO JORNAL - O NACIONAL - RIO GRANDE DO SUL

Poesia, natureza e infância 11.7.2008

Coxilha: alunos são selecionados em projeto que reúne poesias de todo o Brasil. Jovens poetas estudam na rede municipal e vão representar estado na Bienal de São Paulo

Mateus Barato

Para combater a correria, o exagero no virtual e a indiferença, nada melhor do que uma poesia. Ainda mais se ela for feita de uma maneira inocente e nos remeter à infância e à natureza. Dois alunos da 3ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pantaleão Thomaz, de Coxilha, conseguiram aproximar a poesia e o cotidiano de quem lê. E não é só isso: as poesias da dupla vão integrar a 3ª edição do livro Poetas Inocentes, do autor do projeto que leva o mesmo nome, Gerson Lourenço da Silva. Quem aproximou os alunos da poesia foi a professora Silvana Antoniolli, da rede de educação infantil de Coxilha. Ainda no ano passado, ela obteve informações da iniciativa através da internet e incentivou, ao lado da professora Fabiana Casanova, que os alunos da 2ª série produzissem textos. No começo do ano, as produções de Luan Lopes da Silva e de Milene Briskewecz, ambos de nove anos, foram enviadas para concorrer no projeto. A confirmação da escolha dos dois textos para o livro veio há poucos dias. Conforme Silvana, a obra - que vai reunir as poesias selecionadas em todo Brasil - será lançada no dia 15 de agosto, na 20ª Bienal do Livro, em São Paulo. "Isso é um incentivo para as demais crianças, ainda mais porque o autor quer vir fazer o 4° volume do livro em Coxilha, com poesias locais", explica a professora. Além dos dois alunos da rede municipal, Marcos Paulo Cordeiro, de Sertão, também teve uma poesia selecionada. O autor já editou alguns livros. Um deles é o Perfume da Alma. Para a professora Fabiana, "no ano que vem se dará mais ênfase ao projeto da poesia, que é uma coisa tão simples, mas não é muito incentivada". Em agosto, durante a Bienal, o lançamento da coletânea será acompanhado pelas duas educadoras e pelos alunos.

Olhar as coisas simples da vidaLuan e Milene são crianças que mostraram, através da poesia, como é bom observar as coisas simples da vida. Por isso, os temas das poesias são a natureza e a infância. O jovem diz que escolheu o assunto, pois gosta das plantas e da natureza. "Eu morava em Gentil, onde havia contato com a natureza e brincava no meio das árvores", lembra. Luan diz que foi incentivado a escrever com o projeto Poetas Inocentes em sala de aula. Além disso, o estudante tem mais uma poesia, em um caderno especial destinado exclusivamente para outros textos. Já Milene conta que começou a escrever, pois "queria ficar famosa". Entretanto, a jovem afirma que sempre gostou de escrever, mas somente agora passou a se dedicar à poesia. Ela destaca que escolheu redigir sobre as crianças, pois a poesia reflete a imagem dos pequenos. "Fiquei feliz", diz sorrindo e lembrando que pretende continuar a escrever.

O projetoO Projeto Poetas Inocentes tem como objetivo envolver e estimular a equipe escolar na construção do conhecimento do educando, através da leitura e da composição de poesias, de letras de músicas e da ilustração de textos. A idéia iniciou em 2000, após um festival de música, na Escola Estadual Genésio de Almeida Moura, em São Paulo, em que foi desenvolvido o tema Paz. A partir daí, a iniciativa cresceu e se expandiu pelo país.

(Foto: Mateus Barato/ON)legenda: Milene e Luan, com as professoras Silvana e Fabiana
Confira trechos das poesias selecionadas
Ser criança é... amar meu pai e minha mãe. Perdoar quando a varinha pega. Respeitar os mais velhos...Milene Briskewecz

...cuide bem da natureza, no que está ao seu alcance. Muito faz quem faz um pouco. Pense nisso e passe adiante...Luan Lopes da Silva

POETAS INOCENTES NO PORTAL DO MEC

Ministério da Educação

Portal do Professor


Gerson Lourenço da Silva é professor de língua portuguesa da Escola Estadual República da Colômbia, zona norte de São Paulo. Aos 38 anos o professor que deixou Minas Gerais ainda na adolescência realizou o sonho de prestar uma homenagem àqueles que influenciaram a sua trajetória profissional: os mestres.

Para melhorar esse enredo, o autor de Quimera, conseguiu materializar o desejo juntamente com 15 alunos da Escola Estadual República do Chile.

A pedido de Geo, como é carinhosamente chamado por seus alunos, publicamos aqui, na primeira edição do Jornal do Professor, os nomes dos seus antigos mestres a quem é dedicada a canção: José Nicolau Gregorin Filho, Rosa Maria M. Beloto, Wilma Rigolon e Itamires.
A letra você acompanha abaixo!

Quimeras

Conheci alguém, você
Um mestre, um professor
Eu era tão carenteVocê me ensinou
A ser tão persistente com amor
Portas quisera abrir, quimera
Um mundo a construir
Eu quis o horizonte, o monte
Destes o mais importante
O ser, o ter e o querer conhecer

We don't need no education
Ru ru ru ru ru dia lindo
We don't need no thought control
Ru ru ru ru ru dia lindo

Você me ensinou a ser
A querer conhecer
O mais importante amor
Fizestes-me compreender

Ler, descobri o ser
Que há dentro de você
Respeitar, amar o ser
Lembro-me de você

You taught me to be
To want and to know
The most important, is love
You made me understand

If it hadn’t been for you
I wouldn’t be here
To respect and love life
I remember you

We don't need no education
Geo And The Kids
We don't need no thought control
Geo And The Kids

GERSON LOURENÇO

Artigo

Aos Poetas Inocentes com carinho

A indústria cultural sem dúvida é, nos dias de hoje, um empreendimento muito grande, que cresce a cada dia, fundamental para o crescimento econômico do país. O setor empresarial cada vez mais se equipa para criar oportunidades para as comunidades de norte a sul. Percebe-se que a arte hoje não pode ser mais vista como um artigo de luxo, mas como um novo caminho, uma fonte geradora de recursos e empregos, um campo fomentador de dons e talentos.

Neste campo, o ser humano pode fazer a leitura de si mesmo, melhorar o entendimento do contexto histórico, aprimorar o vocabulário e desenvolver suas inteligências. Fazer arte é cuidar das necessidades da alma, porque ela tem uma linguagem viva. Por isso lemos uma poesia escrita há mais de um século e nos emocionamos. Ela é capaz de dar nome e imagem ao nosso pensar mais difícil e promover encontros de diferentes prismas de vida e de mentes. A humanidade sem arte é como um beija-flor sem flor; partida de futebol sem bola; rádio sem som, televisão sem imagem, namoro sem beijo, sala de aula sem professor, escola sem gente, vida sem inclusão, vida sem opção, mundo sem criação. Sem arte não há educação, tampouco política, não há família, não há nação. Por isso a arte é a ferramenta educativa por excelência. Nela, conjugam-se seus temores e suas esperanças.

Em 2000, o poeta e educador Gerson Lourenço começou a sonhar com um mundo que valoriza a cultura. Foi chamado de visionário, de “sonha-a-dor” das ilusões. “Quem vive de arte ou de cultura?” Lembrou-se de sua infância, da fase dos porquês, da capacidade de elaborar perguntas, de um jovem de inteligência brilhante e de sensibilidade acurada. Deixou a segurança do estaleiro e, como um navio, se lançou ao mar em busca de tudo que pode viver nele: tristezas e alegrias. Ele tinha um compromisso com a vida.

No mesmo ano, deu à luz o projeto Poetas Inocentes com objetivo de apoiar a escola a incentivar cada aluno na construção do seu próprio conhecimento, através da leitura e da composição de textos poéticos, de letra de músicas, bem como a ilustração destes textos. A proposta surgiu da necessidade de se criar um espaço que, além de reunir professores e alunos, realize debates, atue como centro de informação e criação e promova parcerias com instituições ligadas à educação e à cultura. O projeto trocou seus primeiros passos com um festival de música em prol da paz, na escola Genésio de Almeida Moura. Do festival foram selecionadas quatro músicas de alunos e gravadas em um cd com o nome de “O Sino da Catedral”, como também um desenho ilustrado para a capa e contra-capa do cd. Foi um grande aprendizado.

Aquele menino Gerson não se limitou a esperar apenas uma mudança de atitude das pessoas. Em 2006, já com mais experiência, o projeto Poetas Inocentes lançou um concurso de poesias, resultando assim, na edição e publicação do livro “Poetas Inocentes”, vol. I, além da criação de um coral com alunos da E. E Republica do Chile com o qual gravou uma música em homenagem ao dia do professor. O caráter inclusivo do projeto reside na difusão e na criação da arte no seio da sociedade através da ação educativa e cultural nas escolas. Neste período, o projeto ampliou suas ações. Desenvolveu um curso de capacitação do corpo docente através de palestras, oficinas e apresentações teatrais. Nossas práticas enfatizaram a importância da arte para o crescimento pessoal, interpessoal e profissional da comunidade escolar. O projeto ainda contou com o apoio da comunidade escolar e dos comerciantes do bairro. Foi um sucesso, mas queríamos mais.

Em 2007, lançamos o segundo volume do livro “Poetas Inocentes” alimentado pelas poesias, crônicas e poemas dos alunos do ensino fundamental à pós-graduação. Esse empreendimento artístico dos alunos rendeu mais que holofotes durante as apresentações em universidades; gerou uma cachoeira de auto-estima, cidadania, educação e cultura. As crianças se sentiram valorizadas. Sentiram que as instituições as vêem como gente.

Por isso a formação dos professores deve merecer uma atenção especial, incluindo os aspectos psicológicos, políticos, filosóficos, artísticos, técnicos, comportamentais e humanísticos. Ao projeto Poetas Inocentes cabe ajudar o professor a escutar as metáforas, que sempre carregam o sinal do inconsciente, a dialogar com seu mundo interior, pois a linguagem artística ajuda o homem a descobrir quem ele é, a entrar em seu próprio paraíso e, em seguida, oferecer um pouco desse paraíso à humanidade, visto que a escola continua a ser o melhor lugar para a reflexão, para o pensamento e para a reinvenção da política. No projeto Poetas Inocentes cada escola parceira é um centro de informação e comunicação, incentivador de ações voltadas para o fazer artístico, para a apreciação estética, para reflexões e leituras mais esperançosas da vida. Pois nossa inocência não é sinônimo de ignorância, mas de anônimos que desejam fazer a diferença na vida, na história de modo criativo e consciente.

O trabalho não é fácil, mas é gratificante. Em 2008, por exemplo, estaremos na Bienal com o terceiro volume do livro “Poetas Inocentes.” Durante o ano inteiro oferecemos às escolas a possibilidade do professor trabalhar com a arte em suas aulas e aos alunos a possibilidade de expressão e visibilidade dos seus trabalhos, ultrapassando a barreira do “derrotismo”. Nossos associados e o público em geral têm em suas mãos cursos, saraus, concursos e palestras que vão transformar suas vidas, incentivar o pensar, a imaginação, as inteligências, um novo jeito de ser, estar e agir no mundo.

Estamos abertos para acolher os criadores de arte, pois ela é um direito de todo cidadão, é alimento para a alma. Acreditamos que a sensibilidade de cada criador de arte anônimo pode mudar conscientemente o rumo da história. Acredite, porque você também é um criador de arte.

Gilberto Campos de Oliveira é professor de Filosofia e Secretário da OBRACAA – Organização brasileira dos criadores de artes anônimos

O que é poesia na comporta da porta da vida

O que é poesia na comPORTA da PORTA da Vida

Certo dia, perguntei-me o que é Poesia
Simplesmente ouvi, é Prosa é Palavrear
Fiquei pensando, fiquei palavreando fio
Descobri Poesia na noite, no dia, no cio

Noutro dia pensando indaguei a criança
O que é Poesia? Disse-me: a Esperança
A criança esperando, rodeando, o papel
Descobri Poesia na vida, na lida, no mel

Numa noite acordei e perguntei ao Poeta
Sem querer, disse-me coisa ao Coisarel
Parei. Fiquei. Sonhei Poesia, Noite e Dia
Descobri Poesia na lua, na palavra, no céu

Quis saber mais e ao jardineiro sorrindo
Num sorriso gelado parado calado alado
Falou-me das virtudes da Rosa, da Prosa
Descobri Poesia no homem e no seu lutar

Pensei, comigo, então: - o que é Poesia?
Resposta não Importa, pois Porta não Seria
De supetão encontrei uma mãe manhosa
Descobri Poesia no feto, no afeto ditosa

Andando, falando, pensando alto do Alto
Quis saber do Pedreiro Pedro PEDREIRO
O que é Poesia? Disse-me Asperamente:
Descobri Poesia na métrica e no prumo

Eu quis saber mais do Dr’ Pedro Pedreiro
FiqueiParadoAradoAtado-ouvindo Oleiro
Poesia é Barro Massado Pisado Modulado
Na Fôrma FORMA a Fonética DO Pedreiro

PedrA Precisa de Pedro Pedreiro Herdeiro
Pois da Pedra Pura DURA dura no Templo
Onde Deus Deu Divina Dádiva A PEDRO
Que o negaste Três, mas resgatastes O Trio

Desculpe-me Pedro, mas não posso prouver
Disse-me muito e sei que tens MAIS a dizer
Pois POESIA tem na alma, na palma do chão
Descobri poesia no Tatu, o Tutu da MAESTRIA

Pare Poeta Pedreiro Pois Posso Passar a Prever
Perguntei apenas uma Palavra Sobre POESIA
Falastes tantas outras que Deus Duvidaria P.Dr.
Sabes da vida, da lida e lida conDOR e amor

Por isso agora Adeus Deus Pedra PEDREIRO
Quero saber do Poeta a meta da Mestra Poesia
Ditarei, disse-me: - Poesia é Prosa do Pedreiro
Que fala simples - sábio de grande sabedoria

Continuara o Poeta: - Poesia é palavra, é LavrA
É lavrar o dia, à noite e à noite e dia a PÁ-lavra
É forma, é fôrma, é métrica, é cítrica, LAvoura
É plantio, é cio, é vida, é frio, é calor, é LAR-amor

Ao professor perguntei também e disse-me: ITA
Impertinência, trabalho, Atalho, BaRaLho, ARTE
Inteligência, transigência, anticlemência MENTE
Descobri: Poesia está na mente Só-mente-Mente.

Parei. Cansei. Voei. Descobri? Não Sei! Só parei
E tu, lendo o que escrevi tem uma resposta Posta
Ou não imPORTA uma porta pois varias PORTAS
Abrir-se-ão na comPORTA da PORTA da vida, da lida.

Gerson Lourenço

POETAS INOCENTES

O Projeto “Poetas Inocentes” iniciou-se em 2000 com um festival de música, na Escola Estadual Dr. Genésio de Almeida Moura, em que foi desenvolvido o tema sobre a paz.

Em 2006, o projeto lançou o Cd “Quimeras” uma música em homenagem ao professor e o um livro “Poetas Inocentes” com poesias de alunos e professores.

Em 2007, lançamos o livro “Poetas Inocentes” Vol. II, reunindo poesia, música e desenho. Valorizamos a criatividade de nossos poetas, músicos e ilustradores e procuramos estimular as várias inteligências múltiplas, como a lingüística ou verbal, musical e pictórica.

Em 2008, lançaremos o livro “Poetas Inocentes” Vol. III na bienal do livro em 15 de agosto de 2008, às 19h, bem como no dia 22, na E. E. Elizabeth Mesquita e dia 29, na Diretoria de Ensino Norte 1.

Em suma, o projeto “Poetas Inocentes”, tem como meta descobrir, incentivar a leitura e a produção de textos poéticos como também divulgação dos trabalhos produzidos durante o Festival ou Concurso de poesias. O intuito do projeto é motivar os participantes a continuarem produzindo arte (poesias, contos, romances; composições músicas; ilustrações), mesmo após o término do evento. Para tanto, estamos criando OBRACAA – Organização brasileira dos criadores de artes anônimos – que estimulará os artistas plásticos, os poetas, os compositores (músicos), os dançarinos a produzirem e divulgarem trabalhos através da associação.

Junte-se a nós.

Site:
http://www.poetasinocentes.com/
http://poetasinocentes3.blogspot.com/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/audio.action - Há uma noticia no portal do MEC
http://br.geocities.com/geogerdon/
http://www.onacional.com.br/v2-noticias.asp?ID=18150&idcat=23


e-mail: poetasinocentes@hotmail.com

Quimeras - Um tributo ao professor

Quimeras
Um tributo ao professor



Conheci alguém, você
Um mestre, um professor
Eu era tão carente
Você me ensinou
A ser tão persistente com amor

Portas quisera abrir, quimeras
Um mundo a construir
Eu quis o horizonte
Destes o mais importante
O ser, o ter e o querer conhecer

Você me ensinou a ser
A querer conhecer
O mais importante amor
Fizestes-me compreender

Ler, descobrir o ser
Que há dentro de você
Respeitar, amar o ser
Lembro-me de você

You taught me to be
To want and to know
The most important, is love
You made me understand

If it hadn’t been for you
I wouldn’t be here
To respect and love life
I remember you

Letra e música
Gerson Lourenço da Silva

Poetas Inocentes

Gerson Lourenço da Silva possui graduação em Português e Inglês (2001), especialização em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira pelas Faculdades Integradas Teresa Martin (2006). É escritor, compo-sitor, poeta, idealizador, organizador do Projeto “Poetas Inocentes” e tem dois trabalhos fonográficos, um long-play “Vida Nova”, 1992, um CD o “Sino da Catedral”, 1999 e publicou em 2006 um livro de poesias (Coletânea de Poesias de alunos e professores) “Poetas Inocentes”. Lourenço é presidente da Abracaa - Associação dos criadores de artes anônimos e é Pós-Graduando em literatura Infantil, USP.